domingo, 7 de dezembro de 2008

Desmotivação no grupo parlamentar do PSD

«Há uma desmotivação no grupo parlamentar, tenho falado com alguns deputados que me transmitem isso, como basta ver pelo empenhamento de poucas pessoas e a falta de envolvimento que existe no grupo parlamentar», disse o presidente da Comissão Política Distrital do Porto.
Questionado sobre as 28 faltas de deputados sociais-democratas - em 75 - nas votações de sexta-feira na Assembleia da República, que poderia aprovar um projecto do CDS-PP que recomendava a suspensão e simplificação da avaliação dos professores, o social-democrata declarou que se tratou de «um acidente de percurso», mas que a situação revela «uma certa desarticulação na direcção da bancada».
«Efectivamente a informação que eu tenho é que foi um acidente de percurso que resultou de uma certa desarticulação da direcção da bancada», disse, acrescentando ainda que, após a greve de professores no dia 3 de Dezembro, o PSD perdeu uma oportunidade para mostrar ao país que é «a única alternativa» ao Governo «desastroso» do PS.
«A educação é uma questão central, determinante para a afirmação do país a nível externo (…) após uma greve de professores sem precedentes históricos, o PSD escolheu como tema para debate no Parlamento o caso do Banco Privado Português, esta escolha parece-me errada porque nesse dia o PSD podia mostrar ao país um sistema global de avaliação que valorizasse a qualidade do ensino».
O autarca de Gaia frisa «que era necessário que [o PSD]apresentasse essa proposta para que a sociedade portuguesa percebesse que a única alternativa a este Governo desastroso do PS era o PSD, é uma concepção errada de agenda política», criticou.Marco António Costa reiterou também as críticas ao líder da bancada social-democrata e afirmou que a forma como a líder do partido, Manuela Ferreira Leite, lidou com a situação, ao chamar publicamente Paulo Rangel à sede do PSD para explicar o sucedido, «fragilizou a sua posição».
«Se estivesse na posição de Paulo Rangel obviamente demitia-me. Comprovadamente as coisas não estão a resultar na direcção do grupo parlamentar, a própria forma como Manuela Ferreira Leite tratou este assunto fragiliza a posição pública do líder da bancada parlamentar e fica diminuída a posição institucional do presidente do grupo parlamentar, a situação é embaraçosa e muito gravosa para imagem do partido», concluiu o líder do PSD/Porto.
Lusa/SOL

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