quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Pedro Passos Coelho


Ex-candidato à liderança do PSD considera que o partido tem de se impor o mais depressa possível como alternativa

O social-democrata Pedro Passos Coelho considera que todos os militantes do PSD sabem que o partido está com dificuldades em afirmar-se como alternativa e que é «cada vez mais escasso o tempo» para essa afirmação, informa a Lusa.
À margem de um debate sobre a crise internacional organizado pela sua plataforma de reflexão política, «Construir Ideias», terça-feira à noite, Pedro Passos Coelho foi questionado se na sua opinião «os portugueses já perceberam que medidas tomaria o PSD para resolver esta crise».
«Eu penso que se o País estivesse muito ciente do que é que representaria hoje um Governo do PSD não manteria nas sondagens o PS com o nível de indicação de voto que hoje tem», respondeu.
«Esperança» na mudança do PSD
Segundo Passos Coelho, «toda a gente no PSD, a começar na presidente do PSD e a acabar no seu mais modesto militante, sabe que o PSD tem ainda um problema de afirmação em termos de alternativa, isso está dito, também não muda, infelizmente, de um dia para o outro e começa a ser cada vez mais escasso o tempo em que essa mudança se tem de operar».
«Eu espero que ela se opere porque o País precisa realmente de uma estratégia diferente. Já percebemos de que com o PS isso não vai acontecer e eu tenho esperança de que isso possa acontecer com o PSD», concluiu.
Interrogado pelos jornalistas se defende uma descida de impostos neste momento, Passos Coelho respondeu que «Portugal tem uma carga excessiva de tributação» e que «o País precisa de baixar o nível da sua despesa pública, porque só assim é possível obter níveis mais consentâneos de tributação».
«Governo tem estado bastante bem»
«Se eu escolheria este momento para anunciar uma descida de impostos? Não. Eu seria muito criterioso quanto à oportunidade de, numa legislatura, em duas legislaturas, conseguir convergir níveis de tributação para uma despesa pública que não pese mais do que 38 por cento, 40 por cento da riqueza criada no País. Ela hoje pesa quase 48 por cento. Temos de reduzir razoavelmente esse peso e isso não se faz de um dia para o outro nem se decreta de um dia para o outro», acrescentou.
Sobre as intervenções do Estado em relação à banca, o ex-presidente da JSD manifestou «dúvidas de que tivesse sido necessária a nacionalização a cem por cento do BPN» e «dúvidas de que o Governo tenha estado bem» na intervenção no BPP. «Acho muito legítimo que o Parlamento requeira, com toda a transparência, mais informação sobre essas operações», disse.
Apesar disso, Passos Coelho considerou que «o Governo tem estado bastante bem nas respostas que tem encontrado para a crise financeira que, de resto, não são respostas muito originais, são concertadas ao nível europeu mas que têm funcionado bem em Portugal».

PSD deve divulgar os nomes dos deputados

A Juventude Social-Democrata defende que o partido deve divulgar os nomes dos deputados que faltaram à votação de sexta-feira.

O líder da JSD, Pedro Rodrigues, disse ao Rádio Clube que o episódio mancha a credibilidade dos políticos e defende que têm de haver consequências para os parlamentares que faltaram. Em entrevista ao jornalista Luís Claro, Pedro Rodrigues afirma que o líder da bancada social-democrata, Paulo Rangel, deve actuar com firmeza.

Segundo avança hoje o jornal Diário de Notícia, os deputados portugueses faltam o dobro das vezes à sexta-feira do que à quinta-feira. Na presente legislatura, houve 640 ausências no último dia útil da semana e 341 à quinta-feira. As faltas são justificadas com o argumento de trabalho político.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Desmotivação no grupo parlamentar do PSD

«Há uma desmotivação no grupo parlamentar, tenho falado com alguns deputados que me transmitem isso, como basta ver pelo empenhamento de poucas pessoas e a falta de envolvimento que existe no grupo parlamentar», disse o presidente da Comissão Política Distrital do Porto.
Questionado sobre as 28 faltas de deputados sociais-democratas - em 75 - nas votações de sexta-feira na Assembleia da República, que poderia aprovar um projecto do CDS-PP que recomendava a suspensão e simplificação da avaliação dos professores, o social-democrata declarou que se tratou de «um acidente de percurso», mas que a situação revela «uma certa desarticulação na direcção da bancada».
«Efectivamente a informação que eu tenho é que foi um acidente de percurso que resultou de uma certa desarticulação da direcção da bancada», disse, acrescentando ainda que, após a greve de professores no dia 3 de Dezembro, o PSD perdeu uma oportunidade para mostrar ao país que é «a única alternativa» ao Governo «desastroso» do PS.
«A educação é uma questão central, determinante para a afirmação do país a nível externo (…) após uma greve de professores sem precedentes históricos, o PSD escolheu como tema para debate no Parlamento o caso do Banco Privado Português, esta escolha parece-me errada porque nesse dia o PSD podia mostrar ao país um sistema global de avaliação que valorizasse a qualidade do ensino».
O autarca de Gaia frisa «que era necessário que [o PSD]apresentasse essa proposta para que a sociedade portuguesa percebesse que a única alternativa a este Governo desastroso do PS era o PSD, é uma concepção errada de agenda política», criticou.Marco António Costa reiterou também as críticas ao líder da bancada social-democrata e afirmou que a forma como a líder do partido, Manuela Ferreira Leite, lidou com a situação, ao chamar publicamente Paulo Rangel à sede do PSD para explicar o sucedido, «fragilizou a sua posição».
«Se estivesse na posição de Paulo Rangel obviamente demitia-me. Comprovadamente as coisas não estão a resultar na direcção do grupo parlamentar, a própria forma como Manuela Ferreira Leite tratou este assunto fragiliza a posição pública do líder da bancada parlamentar e fica diminuída a posição institucional do presidente do grupo parlamentar, a situação é embaraçosa e muito gravosa para imagem do partido», concluiu o líder do PSD/Porto.
Lusa/SOL

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

XX Congresso JSD - Resultados












CPN:
Pedro Rodrigues - 308
Bruno Ventura = 245
(63 de diferença)


MESA:
Daniel Fangueiro - 321
Vânia Neto - 231
(90 de diferença)


JURISDIÇÃO:
Tiago Gonçalves = 310 (4)
Pedro Figueiredo = 240 (3)



CONSELHO NACIONAL
Lista A = 308 (31)
Lista B = 239 (24)